Como Tocar Guitarra com Slide


Por Emiliano Gomide

A melhor forma de tirar sons exóticos da guitarra é com um slide. E aqui você verá como é fácil usá-lo.

O menor resumo da história do slide

Esse pequeno cilindro que se coloca no dedo para tocar guitarra foi descoberto por acaso no Havaí por um jovem chamado Joseph Kekuku, em 1889. Ele estava indo a pé para a escola com seu violão e um amigo quando pegou um pedaço de metal que encontrou na estrada. O pedaço de metal escorregou de sua mão e esbarrou nas cordas de seu violão, produzindo um som agradável. Intrigado, ele levou o objeto para casa e passou a explorar novos sons com ele em seu violão.




Tudo começou assim. Depois ele criou o que hoje é conhecido como música havaina, foi para os EUA e popularizou o slide no país ao longo dos 28 anos em que viveu lá. O resultado foi que rapidamente a música country e depois o blues absorveram o slide entre suas principais técnicas. Nos anos 30, a guitarra havaiana foi a 1ª guitarra elétrica construída (com pequenas diferenças em relação à guitarra normal de hoje) e o sucesso do slide passou a crescer ainda mais rápido.


Hoje em dia, guitarristas como John Buttler (do John Buttler Trio) e Ben Harper (do Ben Harper and The Innocent Criminals) continuam a desenvolver a técnica. Mas o consenso geral é de que foi o guitarrista Duane Allman (do Allman Brothers Band) quem levou a técnica e a sonoridade do slide da guitarra no rock para um novo patamar.

A Técnica

1 - Em qual dedo usar

Tanto faz. É uma escolha pessoal e depende de como cada um se sente melhor. Ao usar o dedo 4, deixa-se mais dedos livres para tocar acordes e riffs. Por outro lado, algumas pessoas podem preferir o dedo 2 ou 3 por serem mais firmes. O dedo 1 é menos comum.

Notação:

Dedo 1 = indicador
Dedo 2 = médio
Dedo 3 = anelar
Dedo 4 = mindinho


2 - Como posicionar o slide

O slide deve encostar a corda bem em cima do traste e paralelo a ele. Você deve pressionar o slide com firmeza contra a corda para não sair aquele som tremido. Mas não deve pressionar com força, pois a corda nunca pode encostar no traste. Na verdade, o slide assume o papel dos trastes, que por sua vez passam a servir apenas para localizá-lo no braço da guitarra.

Obs: se as cordas da sua guitarra estiverem muito baixas (muito próximas dos trastes), pode ser necessário mexer na regulagem dela para deixá-las mais altas.

3 - Abafar as cordas

Provavelmente, a principal dúvida de alguém que está começando a tocar com slide é "Como faço para cortar todo esse ruído? Parece que tem um monte de notas sobrando e o som não está bom". A resposta é simples. Para acabar definitivamente com aqueles sons que aparecem por trás do slide, abafe as cordas. Quem toca com slide abafa as cordas o tempo todo.

Ao ver um vídeo de alguém tocando com um slide, observe que o guitarrista deixa pelo menos um dedo, além do slide, sobre as cordas da guitarra (como na foto acima). É porque ela está usando a mão para impedir que cordas que não estão sendo tocadas vibrem na hora errada.

É preciso abafar tanto com os dedos da mão do slide, quanto com a mão que toca as cordas. Digamos que você esteja usando o slide no dedo 3. Isso quer dizer que você pode usar o dedo 1 e o 2 para abafar as cordas por trás do slide. Eles devem encostar todas as cordas da guitarra paralelamente ao slide, como se eles estivessem fazendo uma pestana, mas sem pressionar as cordas. Apenas abafando-as. Assim, o único som que sairá da guitarra será o das notas que você está "slideando".

É bom também abafar as cordas com a mão que toca as cordas. Para quem toca sem palheta pode ser um pouco mais fácil, mas para quem toca com palheta, também não é nenhum mistério. Em ambos os casos, basta encontrar uma posição confortável para abafar as cordas que não estão sendo tocadas, usando os dedos que estiverem livres e as bordas da mão para encostar levemente sobre elas.

4 - Vibrato

A diferença entre um iniciante e um guitarrista que já domina o slide é a forma como se toca cada nota. A graça do slide é poder deslizar pelas notas, passando suavemente por todas as notas que estiverem no meio do caminho. Mas não dá para ficar o tempo todo arrastando o slide pra lá e pra cá. É preciso parar nas principais notas do solo. Aquelas que fazem a diferença. A grande sacada, no entanto, é que você não pode parar. Pelo menos não totalmente.

Para extrair aquele som característico do slide, em todas as notas que você parar, você deve executar um vibrato. Ele dará mais vida ao som de cada nota. Dessa forma, tocar guitarra com um slide pode ser visto como uma combinação de deslizadas de uma nota para outra e de vibratos nas principais notas. Tudo que você precisa aprender, após dominar a técnica, é desenvolver o feeling para saber em que notas parar e em que notas deslizar.

Obs: Note que o vibrato com slide é diferente do vibrato normal. Para executar o vibrato com slide basta deslizar para fente e para trás em torno da nota alvo, como se estivesse tremendo a mão. A amplitude dessa oscilação fica à escolha de cada guitarrista, mas geralmente é usada uma oscilação bem pequena.

5 - Confie no seu ouvido

Ao tocar guitarra com slide, não se pode confiar totalmente na sua visão. Ao olhar para os trastes para saber se o slide está na posição certa, você pode acabar atingindo a nota errada. Isso ocorre porque o ângulo do olhar pode enganá-lo. A solução é simples: confie nos seus ouvidos e deixe-os guiá-los para as notas certas.

Além disso, o vibrato que você estará executando nas principais notas é uma forma de achar a posição certa do slide, através de pequenos ajustes na posição do vibrato. Não se preocupe em fazer um vibrato perfeito em torno da nota certa, pois é justamente essa pequena imprecisão que que torna único o som do slide.

6 - Escute The Allman Brothers Band

Todos os guitarristas de rock que usam slide tem uma dívida com Duane Allman, guitarrista da banda de blues e rock The Allman Brothers Band. Não é preciso falar muito sobre ele. Seus solos falam por si.

Escute o álbum Live at Filmore East, a bíblia da guitarra slide do rock.



7 - Escute música havaiana

O 1º estilo de música a usar o slide para tocar guitarra foi a música havaiana. De fato, a música do Havaí é totalmente marcada pelo uso de slides. Chega a ser comum uma banda havaiana com dois guitarristas tocando de slide enquanto um violão ou ukelele mantém a base com acordes.

Veja abaixo a clássica Blue Hawaii sendo tocada numa guitarra havaiana (hawaiian steel guitar) cuja principal diferença para a guitarra normal é a maior distância entre as cordas e o braço.

Caso não consiga assistir ao vídeo, clique no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=vHyaMCdpU7w

Vídeo - "Blue Hawaii"tocada numa Lap Steel Guitar

Para encontrar mais vídeos de música e guitarra havaina, busque no YouTube pelas palavras-chave "hawaiian steel guitar" e "hawaiian lap steel guitar".

8 - Com Distorção vs. Sem Distorção

Uma coisa ótima para quem gosta de usar slide, é que eles são agradáveis tanto com sons limpos quanto com distorcidos.

Além da distorção, efeitos como Delay e Reverb também são muito bem vindos. Eles proporcionam sons psicodélicos e viajantes que guitarristas como David Gilmour, do Pink Floyd, adoram explorar.

Slide de Vidro vs. Slide de Metal


Os dois principais* tipos de slide são o de vidro e o de metal. Os dois são baratos, então pode ser interessante comprar os dois para ver qual você gosta mais. Os dois deslizam da mesma forma sobre as cordas, mas os timbres são diferentes. Geralmente, usa-se mais o slide de vidro (do tipo Pyrex) para tocar guitarra e o slide de metal para tocar violões com cordas de aço. Mas não há nenhuma regra. O slide de vidro tem um timbre mais suave. O de metal fornece sons mais estridentes e pode gerar um pouco mais de ruído.

Se você tem medo que o slide de vidro quebre facilmente, não se preocupe. Ele é mais resistente do que parece, pois não é exatamente o mesmo tipo de vidro de um copo, por exemplo.

A vantagem do slide de metal é que ele dá maior sustain. A desvantagem é que ele pode enferrujar por dentro com o tempo.

* Existem também slides de plástico e de porcelana, mas quase ninguém usa. O de porcelana é pouco comercializado e o de plástico não é recomendável.

Como treinar

Com um slide na mão você pode tirar os sons mais loucos da guitarra. Mas até chegar lá você precisa dominar a técnica. Para treinar, faça exercícios simples. Treine em uma corda de cada vez.

Exercício: Escolha uma corda, comece no primeiro traste e tente fazer a nota soar nítida, sempre usando o vibrato. Em seguida, deslize até o segundo traste e execute outro vibrato em torno dele. Vá fazendo isso até chegar no último traste. Após terminar essa corda, faça o mesmo nas outras. Isso é preciso, porque cada corda requer um sensibilidade diferente com o slide.

Depois de aprender a executar o vibrato com slide e conseguir fazer cada nota soar com perfeição, chegou a hora de treinar algo mais avançado (e interessante). Tocar slide muitas vezes requer alta precisão. E é isso que você treinará agora.

Exercício: Toque uma nota com o slide e deslize-o até uma outra nota que esteja bem longe do ponto de partida. O objetivo é treinar sua mira, para que, quando você estiver solando, não precise se preocupar com acertar as notas certas, mesmo em velocidades elevadas. Repita o exercício com diferentes combinações de notas e em cada uma das 6 cordas.


Guitarristas que usam slide

Alan Wilson - da banda Canned Heat
Ben Harper
Blind Willie Johnson - música Dark Was The Night
Bonnie Raitt
Chris Whitley
David Gilmour - do Pink Floyd
Debashish Bhattacharya
Derek Trucks
Duane Allman - escute a música Statesboro Blues!
Elmore James
George Harrison
Jerry Douglas
Joe Bonamassa
Joe Walsh
John Buttler
Johnny Winters
Leo Kottke
Mick Taylor
Mississipi Fred McDowell
Sonny Landreth
Muddy Waters - música Still a Fool
Robert Johnson
Robert Randolph
Ry Cooder
Son House
The Campbell Brothers
Warren Haynes
Watermelon Slim


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GuitarCoast

Como Criar Riffs de Guitarra



Encare o fato: um bom riff é meio caminho para uma boa música.

Outro fato: criar um bom riff ou até mesmo um excelente riff não é algo complexo. Na verdade, os riffs mais admirados são os mais simples.

Então, você está pronto para entender os componentes de um riff e aprender a manipulá-los como quiser?

Riffs são simples, então vamos manter esse artigo simples também. Riffs são crus. E é isso que faz você sentir o peso de cada nota através dos amplificadores. Ao final do artigo, você deverá entender um pouco mais sobre o porquê dessa fórmula.

Guitarristas bons de riffs nunca foram para faculdade de música. E o engraçado é que encontramos vários exemplos do oposto - guitarristas que estudaram música a fundo, mais que simplesmente não são grandes criadores de riffs. Para constatar isso, basta explorar as extensas obras de John Petrucci e Steve Vai, que, apesar de terem estudado na melhor universidade de música e terem se tornado dois dos melhores guitarristas que o mundo já viu, não são famosos por seus riffs.

Agora vamos para os mestres dos riffs. Os caras. Angus Young e seu irmão Malcom Young do AC/DC (sim, Angus não fez tudo sozinho); Jimmy Page, do Led Zepellin; Tom Morello, do Rage Against The Machine e Audioslave; Kirk Hammett e James Hetfield do Metallica; Dimebag Darrell, do Pantera; Eddie Van Halen; Kurt Cobain, do Nirvana; Zakk Wylde (Ozzy) e outros.

Esses guitarristas podem te ensinar muito mais sobre riffs que qualquer professor de guitarra.

Não existe uma receita para criar riffs de guitarra que os melhores guitarristas usam. Mas há algumas coisas que se você souber, ajudarão bastante:

11 Dicas para Criar Riffs de Guitarra

1 - Domine Power Chords
2 - Prefira a simplicidade
3 - Nunca pense que não existem mais riffs clássicos para serem criados (Angus Young sempre te provará o contrário)
4 - Sempre escute os mestres
5 - Tenha uma boa distorção (os outros pedais de efeito não são tão importantes)
6 - Tenha um bom amplificador
7 - Um riff só se torna completo quando tocado com uma banda
8 - Pegada
9 - Solte sua criatividade. Saia tocando
10 - Copie de alguém
11 - Escolha um ritmo marcante


1 - Domine Power Chords
Nem todos riffs são compostos de power chords. Mas a maioria é, podendo ser também uma combinação de power chords com dedilhados. Um power chord carrega a essência de um acorde e é a alma do rock. Você precisa ter mobilidade com power chords ao longo do braço da guitarra, conseguindo mudar rapidamente de um para o outro. Limitações técnicas geram limitações criativas. Exercite seus power chords e quando você precisar deles, eles surgirão com facilidade.

Basicamente, power chords podem ser tocados de duas formas: normalmente ou abafando as cordas. Essa segunda opção é largamente explorada por guitarristas de metal, punk rock e hardcore. Simplesmente, é uma das melhores formas de adicionar peso e deixar os power chords mais carregados. É o que muitos chamam de "pegada".

2 - Prefira a simplicidade
Quanto mais simples, mais fácil de ficar na cabeça das pessoas. Um riff deve ser cíclico. Isto é, algo que possa ser tocado repetidamente, encaixando o início do riff após seu final e assim por diante. E, quanto mais simples for um riff, mais provavelmente ele será cíclico. Simplicidade quer dizer poucos acordes. Para verificar se seu riff é simples, cantarole-o. Você deve conseguir reproduzi-lo com sua voz.

3 - Nunca pense que não existem mais riffs clássicos para serem criados (Angus Young sempre te provará o contrário).
É normal cair na armadilha de acreditar que "já existem centenas de músicas muito boas, logo não há mais músicas boas para serem criadas". Além de essa crença ser falsa, o oposto é verdadeiro. Pelo que parece, quanto mais músicas são criadas, mais são alimentadas as criatividades de músicos no mundo inteiro.

4 - Sempre escute os mestres
Quanto mais músicas e guitarristas diferentes você conhecer, melhor. Isto lhe ajudará a manter sua mente sempre aberta, além de desenvolver sua "cultura musical". Não há melhor forma de se aprender do que através de exemplos. Aprenda a tocar novos riffs. Isto fará com que você veja o braço da guitarra de diferentes formas.

5 - Tenha uma boa distorção (os outros pedais de efeito não são tão importantes)
Aquilo que você toca depende da sonoridade que você tem em mãos. Um bom pedal de distorção (ou até mesmo a distorção de um bom amplificador) possibilita adicionar peso aos power chords e intensidade as notas dedilhadas. Até mesmo o melhor guitarrista do mundo não conseguirá um bom som se o equipamento não for de qualidade. Existem dezenas de tipos de distorção. É importante conhecê-las bem para saber qual é melhor para o som que você quer tirar.

Vale ressaltar que uma boa distorção é essencial para quem costuma tocar abafando os power chords.

6 - Tenha um bom amplificador
Todo o som da guitarra sai do amplificador. Quanto melhor for o amplificador, melhor será o som. A importância de ter um bom som, é que ele dá inspiração para criar novos riffs, enquanto que sons fracos apenas dão vontade de parar de tocar.

Só quem já tocou num bom amplificador sabe a diferença. Cada nota ganha muito mais presença e força. E quando se trata de criar riffs, isso é ótimo, pois tudo que você precisa é encontrar uma sequência de notas bem marcante. Um amp bom te ajuda a perceber que são necessárias poucas notas para causar a dose certa de impacto. Ou seja, ele te ajuda a manter a simplicidade.

Para entender a importância do amplificador, imagine-se tocando seu riff favorito numa guitarra com o amp desligado. Apesar de o riff ser bom, você só conseguirá perceber (e sentir) isso quando ligar o amp. O mesmo vale para comparar um amp fraco e um amp bom. Com um amp melhor, a sua percepção também fica melhor.

7 - Um riff só se torna completo com uma banda
Escutar um riff sendo tocado apenas pelo guitarrista é algo totalmente diferente de escutar a banda inteira tocando. Portanto, não espere que seus riffs sejam impressionantes quando estiver tocando-os sozinhos. Você só saberá o quão bons eles são quando tocá-los com o resto da banda. E é claro que a banda também influencia bastante a forma como o riff é tocado.

Um dos principais pontos a serem entendidos sobre os riffs é que eles sempre serão uma questão de ritmo. Sendo assim, esse é um daqueles momentos que o guitarrista deve se unir ao baterista. Apesar de os dois instrumentos serem totalmente diferentes, eles devem se tornar um só, um completando o outro.

Dois exemplos de guitarristas incrivelmente sintonizados com seus bateristas são o caso de James Hetfield e Lars Ulrich - os fundadores e principais compositores do Metallica - e Dimebag Darrell e seu irmão Vinnie Paul, do Pantera. Escute no vídeo abaixo a música Regular People que é uma sequência de riffs carregados de peso. Note como a guitarra está "grudada" na bateria.


8 - Pegada
Muitos falam em "pegada". Mas geralmente não se fala muito sobre o que é pegada. As pessoas simplesmente sabem identificar quando um guitarrista tem essa qualidade. Pegada é simplesmente a forma de tocar uma música.

Imagine dois guitarristas tocando a mesma música, com exatamente as mesmas notas e a mesma marcação de tempo. Com certeza, os dois tocarão de formas diferentes. O guitarrista que tem mais pegada é aquele que sabe que não basta tocar certo. É preciso incrementar cada fraseado com pequenos detalhes, talvez quase imperceptíveis para os desatentos, mas que em conjunto transformam a música.

Pegada também pode ser entendida como uma combinação de feeling e técnica. Feeling para saber o que tocar e técnica para saber como tocar.

Um ótimo exemplo de um riff com pegada é o da música Man In The Box, do Alice In Chains. O riff consiste em apenas um power chord, que é tocado de forma assombrosamente simples.


E aqui vai nossa principal dica: para ter pegada, você precisa ter uma forte noção de ritmo. Treine com um metrônomo (marcador de tempo), toque acompanhando uma música. Faça qualquer coisa, mas nunca deixe de prestar atenção na batida e no tempo! É preciso descobrir que a guitarra também é um instrumento de ritmo e que ela pode e deve manipular o tempo da música.

9 - Solte sua criatividade
Isso mesmo. Depois de ler esse artigo, você não irá pegar a guitarra e criará logo de primeira um excelente riff. Soltar sua criatividade significa fazer várias tentativas. Aqui a matemática conta a seu favor. Existem (literalmente) milhões de combinações de notas e ritmos para se experimentar. Não tente acertar. Deixe fluir e você mesmo se impressionará com sua espontaneidade.

10 - Copie de alguém
Isso pode parecer babaquice, mas do ponto de vista teórico, faz bastante sentido. Uma mesma progressão de acordes pode ganhar uma sonoridade inteiramente diferente ao ser tocada com uma velocidade ou ritmo diferente. Por exemplo, os mesmos acordes, tocados na mesma ordem, podem servir tanto para um reggae quanto para um punk rock. Além do mais, cada música que você escuta pode ser considerada parecida com alguma outra música (só que você talvez não saiba qual). Mas isso não significa que ela deixa de ser original, muito menos de qualidade.

Existem várias formas de "copiar" alguém. O ideal é se inspirar numa combinação de acordes (ou power chords) e fazer mudanças, podendo tirar ou acrescentar notas. O resultado final pode ficar totalmente diferente da música original e, em poucos minutos, você terá uma música nova.

11 - Escolha um ritmo marcante
Experimente pegar um riff que você goste de alguma banda e tocá-lo em um ritmo diferente, tentando de propósito estragar a música. Você verá como é fácil fazer isso. Para criar um bom riff, o que você precisa fazer é justamente o contrário. Experimente tocar o riff que você está criando em diferentes ritmos até encontrar aquele se encaixe perfeitamente. Você saberá quando encontrá-lo.

O melhor exercício para desenvolver essa habilidade é bem simples. Escolha um power chord (por exemplo, o de Sol - na 3ª casa da 6ª corda) e invente o máximo de formas possíveis de tocar esse power chord. A sua mão esquerda fica parada. O que muda é apenas a frequência e força com que a sua mão direita toca as cordas.


Atenção: não se deixe confundir pelas dicas acima. A regra mais importante a ser lembrada é "Se soa bem, então é bom".




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GuitarCoast

Double Stops


O que são Double Stops

Um double stop é quando se toca duas notas ao mesmo tempo. Simples assim.

A técnica dos double stops é uma forma fácil de incrementar seus solos na guitarra. A técnica em si é bem fácil e se encaixa em vários tipos de solo. Existem também riffs que são baseados em double stops, como, por exemplo, o clássico Smoke on the Water, do Deep Purple.

Brian Setzer com sua big band

Provavelmente, o estilo mais caracterizado pelo uso de double stops é o rockabilly. E um grande guitarrista desse estilo é Brian Setzer, com músicas como Rock This Town e Jump, Jive An' Wail.

Chuck Berry foi o guitarrista que popularizou o uso dos double stops, criando o melhor exemplo da técnica com a música Johnny B. Goode. Se você quiser ficar bom em double stops basta aprender a tocar a introdução dessa música em algum site de tablaturas.



Como se faz

Os double stops podem ser tocados em todas as cordas da guitarra, mas o mais comum é utilizar as três cordas de baixo (as mais agudas). Apesar de não haver nenhuma regra, os double stops são tocados em cordas vizinhas, isto é, uma embaixo da outra, pois fica mais fácil.

Mão Esquerda - Quando as duas notas estão no mesmo traste (ou casa), é possível tocá-las com uma pestana, ou seja, com um dedo da mão esquerda segurando duas notas simultaneamente. Quando as notas não estão na mesma casa, é preciso tocar com dois dedos diferentes, como se você estivesse tocando só uma parte de um acorde.

O exemplo abaixo é o início da música do desenho Beavis and Butthead, que é cheia de double stops. Veja no vídeo abaixo.

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--10-------8----------8--------10--10--10----8---8--8---7-
------9----------7-7---9---------9---9---9----9---7--7---7-
7--------7----7------------7-7--------------7----------------

Obs: A tablatura mostra as 4 cordas Ré, Sol, Si e Mi (de baixo para cima, respectivamente).



Mão Direita - Os double stops podem ser tocados com palheta ou com os dedos. Com os dedos, você pode tocar normalmente ou puxando as cordas com um pouco mais de força, obtendo um som mais estalado (essa técnica é conhecida como "Chicken Pickin'' - se quiser conhecê-la, veja o vídeo abaixo).



Quem usa

Os double stops são encontrados em vários estilos de música, mais os mais comuns são o rock, blues e, principalmente, na country music (particularmente, no bluegrass). Alguns guitarristas que usam double stops são: Chuck Berry, Joe Perry (Aerosmith), Slash, Johnny Hiland e Steve Morse (Deep Purple).

Exemplos de Músicas: qualquer uma do Chuck Berry (Johnny B. Good, Maybellene, Sweet Little Sixteen, Roll Over Beethoven...), Crazy (Aerosmith) e Love Struck Baby (Stevie Ray Vaughan).

Veja também como algo tão simples como a técnica dos doubles stops pode criar algo tão fascinante na música Little Wing de Jimi Hendrix, ou na versão de Stevie Ray Vaughan abaixo (recomendável apenas para quem já está bem avançado na guitarra).


Dica

Uma ótima forma de treinar double stops e ainda tirar ótimos sons é através do segundo modelo da Escala Pentatônica. A vantagem desse modelo é que, nele, existem várias combinações de double stops na mesma casa, visto que todas as notas se encontram em apenas três casas (5, 7 ou 8). Para quem não conhece, segue o desenho abaixo para a escala pentatônica de Lá menor.

E-----5----------8
B-----5----------8
G-----5------7
D-----5------7
A-----5------7
E-----5----------8


Aprenda outras Técnicas de Guitarra:

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GuitarCoast

As 10 Melhores Bandas do Mundo


1º - Led Zeppelin
2º - The Beatles
3º - Red Hot Chili Peppers
4º - Van Halen
5 º - The Rolling Stones
6 º - Bob Marley & The Wailers
7 º - Black Sabbath
8 º - Pink Floyd
9 º - Metallica
10 º - Iron Maiden

Os critérios do ranking são:
- Gosto do público
- Relevância para a história da música
- Inovação
- Qualidade das composições
- Variedade das composições (versatilidade)
- Quantidade de hits (ou músicas muito boas)
- Talento e qualidades dos integrantes (principalmente o vocalista)
- Entrosamento entre os membros
- Influência sobre outras bandas